Com 0,9% dos rebanhos infectados, o estado de Santa Catarina é classificado pelo Ministério da Agricultura como de “Risco Muito Baixo”

Hoje, a Cidasc-Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina tem 150 propriedades com a presença de brucelose bovina registradas, número que representa 0,075% do total de propriedades rurais do estado. Os animais acometidos pela doença são abatidos sanitariamente e os proprietários indenizados pela Secretaria da Agricultura, através do Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa).

O secretário da Agricultura, Moacir Sopelsa, explica que o Fundesa faz parte da política de defesa sanitária do Governo do Estado e que, em 2016, já foram investidos mais de R$ 2,8 milhões para o pagamento de indenizações. “Com a indenização, os produtores podem adquirir animais sadios para continuarem a produção de carne e leite. Lembrando que a erradicação da brucelose não é importante apenas para a saúde dos rebanhos, mas também para a saúde da família e dos funcionários rurais”, afirmou.

O principal sintoma da brucelose nos bovinos é o aborto e a transmissão para os humanos acontece pelo contato com o feto e tecidos do aborto, ao limpar retenções de placenta, e também ingerindo leite cru e produtos derivados do leite sem pasteurização ou sem fervura. A Secretaria da Agricultura e a Cidasc indicam que os produtores usem luvas para trabalhar com os animais, principalmente em partos, já que é transmissível ao homem. Em caso de abortos nos animais, o produtor deve procurar a Cidasc para mais informações.

A Secretaria da Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, realiza exames clínicos e laboratoriais em todas as pessoas que tiveram contato com os bovinos doentes, ou se alimentaram do leite ou queijo deste rebanho. O tratamento é gratuito e os pacientes são monitorados pela diretoria durante dois anos.

A brucelose bovina se espalha entre os animais principalmente através da pastagem, já que, quando a vaca sofre o aborto, a bactéria causadora da doença (Brucella) pode permanecer viva por cerca de seis meses na vegetação. Em todo país é exigido dos produtores que façam exames nos animais comprados para reprodução, que podem ser realizados por mais de 400 médicos veterinários habilitados pelo Ministério da Agricultura em todas as regiões do estado.

A orientação da Cidasc é que, independente das exigências sanitárias da legislação, o produtor deve sempre buscar a assistência veterinária para a correta identificação e controle de doenças em sua propriedade, com consequente aumento da produtividade, dos lucros e redução dos riscos sanitários para os animais e humanos.

Além do controle do trânsito de reprodutores, a Cidasc realiza vigilância ativa na cadeia produtiva do leite, com amostras de leite testadas para brucelose. Caso a amostra tenha resultado positivo, serão feitos exames de sangue nos animais. Em 2016, mais de quatro mil exames em leite foram realizados em diferentes regiões.

O uso da vacinação em massa, com a vacina B19, é recomendado apenas para estados que possuem altos índices da doença, portanto é proibida em Santa Catarina. O rebanho catarinense pode ser vacinado com amostra RB51, seguindo as normas do Regulamento Técnico do Programa de Erradicação da Brucelose Bovina e Bubalina no Estado.

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