A produção, o consumo e o comércio de leite e derivados lácteos vêm crescendo no planeta a taxas superiores à expansão populacional, segundo informações da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura).
Para se ter ideia dos números, enquanto a população cresceu 27% nos últimos 20 anos (atingindo 7,75 bilhões de pessoas em 2020), a produção de leite avançou 56%, chegando a 906 bilhões de litros (sendo 81% de vacas, 15% de búfalas e 4% de cabras, ovelhas e camelas), permitindo aceleração de 23% no consumo per capita global, que atingiu 117 kg equivalente leite/habitante ao ano.
Dos 906 bilhões de litros de leite produzidos e comercializados ao redor do planeta em 2020, 51% foram consumidos na forma fluida e derivados em geral, 20% em queijos, 18% em manteiga e 11% em leite em pó (desnatado e integral), gerando valor bruto da produção próximo de US$ 433 bilhões (equivalente a 30% do PIB brasileiro). Na ponta final do mercado, esse valor pode dobrar ou até mesmo triplicar.
Por outro lado, esses segmentos de mercado apresentaram taxas distintas de crescimento, sendo liderados pelo leite fluido, seguidos de manteiga, leite em pó integral, queijo e, por último, leite em pó desnatado. De modo geral, o aumento do consumo per capita segue essa ordem de preferências, ou seja, partindo de produtos “mais frescos” e com menor interferência industrial e seguindo até os mais elaborados, ou seja, de maior valor agregado.