Rebanhos com manejo deficiente contra a mastite têm uma produção de leite menos eficiente, o que resultará em baixo desempenho financeiro da propriedade
Tânia Polgrimas

As perdas na produção de leite em razão da mastite em rebanhos brasileiros nem sempre são contabilizadas pelo produtor de leite. Por praxe, o produtor inclui na contabilidade o que ele desembolsou com o rebanho para solucionar o problema, principalmente em antibióticos, e não o que ele deixou de ganhar em vista da diminuição de produção de leite causada pela doença.

“Geralmente, a redução do potencial produtivo da vaca por causa da mastite acaba sendo absorvida como um dos custos de produção geral do rebanho”, explica o professor Marcos Veiga, especialista no tema e professor titular do Departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP). “E há uma série de estudos que mostram que, quando a gente tem um desembolso, sente mais do que quando deixamos de ganhar”, continua. “Quando temos um potencial de ganho e não aproveitamos, sentimos menos”, reforça o professor.

Veiga demonstrou, em palestra recente no II Sinpel, na Universidade Federal de Lavras, em Lavras-MG, que o produtor deve prestar, sim, atenção à doença e à melhor maneira de controlá-la e tratá-la, alcançando um índice ótimo em termos de custo-benefício e, consequentemente, elevando a produção por vaca – o que, em última análise, significa mais lucro.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 658 (outubro/2019)

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