A constatação é do Sindilat, baseado em dados uruguaios de produção e exportação. Diante disso, a entidade pede providências

O Uruguai produziu 1,7 bilhão de litros de leite em 2016 e consumiu 700 milhões de litros. Segundo dados divulgados pelo próprio país, o saldo, se convertido em pó, renderia 120 mil t. Só o Brasil recebeu 100 mil t de leite em pó e 18 mil t em queijos do país vizinho, o que representa praticamente todo o volume restante.

Os números, segundo o secretário executivo do Sindilat-Sindicato das Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul, Darlan Palharini, indicam uma possível triangulação de produção de outros países para ingresso no Brasil com incentivo.

“O Uruguai se diz o sétimo maior exportador de lácteos do mundo. Em casos como esse, o governo brasileiro tem que agir porque prejudica muito o mercado nacional, principalmente os estados do Sul do Brasil”, frisou durante sua manifestação na audiência pública realizada pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados no último dia 15 de agosto, em Brasília-DF.

Representando o Sindilat e também a Aliança Láctea Sul-Brasileira, Palharini ainda reforçou a importância de o governo adquirir emergencialmente 50 mil t de leite em pó para enxugar o mercado e permitir reação de preços. Contudo, advertiu que o pagamento deve ficar na casa dos R$ 14,00 o kg, acima dos R$ 11,80 previstos pela Conab que, na versão do setor, não remuneram adequadamente a produção.

“Ações como essa serão uma injeção na economia que permite inclusão social”, reforçou. O líder gaúcho ainda pontuou a importância de se retomar a Subcomissão do Leite na Comissão de Agricultura da Câmara. A ideia é que o grupo de trabalho se debruce sobre assuntos relevantes para o setor. Uma dela é o estímulo às exportações de produtos lácteos para países como o México.

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