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Conheça as 5 curiosidades sobre o leite que mudaram os rumos da humanidade

Da redação

No dia 1º de junho é celebrado o Dia Mundial do Leite. A data foi criada em 2001, pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO/ONU, da sigla em inglês), com o objetivo de incentivar o consumo de lácteos à população mundial. A escolha de 1º de junho se deu porque já era o dia que diversos países, a maioria da União Européia, comemoravam o Dia Nacional do Leite. É também no velho continente em que ocorre a maior parte das celebrações voltadas em grande parte ao incentivo ao consumo pelas crianças.

Dessa maneira, a redação da Revista Balde Branco elenca cinco curiosidades que envolvem esse alimento tão essencial na vida da humanidade em todo o mundo.

  1. De acordo com historiadores, o consumo de leite de origem animal teve início no Oriente Médio, com a domesticação do gado, o que teria impulsionado a Revolução Neolítica. O primeiro animal domesticado foi a vaca, e em seguida a cabra, aproximadamente na mesma época, e finalmente a ovelha, entre 9000 e 8000 a.C. No Brasil, a origem do leite para consumo está relacionada à exploração do gado durante o período colonial. Mas até meados do século 19 o consumo de leite teve caráter secundário, com poucas vacas mantidas para esse fim, e a pequena disponibilidade do produto impediu que sua ingestão se tornasse um hábito. No entanto, nos anos 1930 difundiu-se no Brasil uma nova ciência, a nutrição, que introduziu também a convicção de que o leite de vaca constituía o mais importante dos alimentos básicos. A partir daí, impulsionado por profissionais da saúde, o governo de Getúlio Vargas promoveu um esforço para melhorar o até então precaríssimo sistema de abastecimento do produto no Rio de Janeiro, na época capital da República. O episódio está dissecado em um artigo do pesquisador Sören Brinkmann publicado na revista História, Ciências, Saúde –Manguinhos, editada pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz).

 

 

  1. Para a saúde, a importância do leite na alimentação é reconhecida desde os primórdios da humanidade. Como afirmou o filósofo da Grécia Antiga, Hipócrates, considerado o Pai da medicina, “é um alimento muito próximo da perfeição”. Rico em proteína e carboidrato, o leite é considerado o principal alimento fonte de cálcio para a nutrição humana. Para suprir as necessidades diárias de cálcio, a FAO/ONU recomenda consumir três porções de lácteos por dia ou 1000 mg. O ideal é ingerir um copo de 200 ml da bebida, uma fatia de queijo de 50 gramas e um iogurte.

 

 

  1. O esqueleto humano possui duas estruturas: o trabelular (parte esponjosa) e o cortical (parte compacta) e sabe-se que durante a formação dos ossos na infância e na adolescência, ambas as partes necessitam de cálcio. Ao longo dos anos, parte do esqueleto é remodelada, ou seja, substituída por um novo tecido ósseo, o que mostra a importância do cálcio em todas as fases da vida. Na alimentação, esse mineral é encontrado principalmente no leite e iogurte, estando presente também nas variedades de queijos. Diferente de outros nutrientes, é possível consumir a quantidade diária necessária através da alimentação, sem necessidade de suplementação.

 

  1. Conforme estudo publicado, em 2019, pela pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Kennya Beatriz Siqueira, 816 milhões de toneladas de leite são produzidos anualmente no mundo e, em média, 116,5 equivalentes kg de leite são consumidos por cada habitante por ano. E essa quantidade tem aumentado ano a ano. Segundo levantamento da rede muncial IFCN (sigla em inglês da Internacional Farm Comparasion Network), o total de leite consumido no mundo tem crescido, em média, a taxas de 1,2% ao ano, desde 1999. No Brasil, a indústria de laticínios é o segundo segmento mais importante da indústria de alimentos. O consumo aparente per capita no Brasil em 2018 foi de 166,4 L/hab., valor que ainda se encontra abaixo do consumo verificado em outros países desenvolvidos (cerca de 250-300 L,hab.), mas bem acima do total consumido há duas décadas. O produto lácteo mais consumido no País é o leite longa vida, porém os queijos têm apresentado taxas de crescimento de vendas maiores nos últimos anos, devido principalmente às mudanças no perfil dos consumidores brasileiros, que atualmente é formado principalmente por indivíduos mais jovens e que demandam mais nutrição, praticidade, conveniência, personalização, entre outros atributos.

 

  1. Seguindo essa premissa do bem-estar físico dos consumidores, um artigo publicado recentemente nos Estados Unidos destaca o papel do soro do leite, particularmente o aminoácido leucina, na prevenção da perda de massa muscular relacionada com o avanço da idade. Já uma nova pesquisa publicada na Nutrition Reviews sugere que a proteína do soro de leite também produz resultados positivos em mulheres. Nesta revisão sistemática e meta-análise de 13 ensaios clínicos aleatórios, totalizando cerca de 500 mulheres adultas, os pesquisadores descobriram que a adição de proteína do soro de leite a uma dieta diária melhorou a composição corporal por aumentos modestos na massa magra sem influenciar as mudanças na massa gorda. Além disso, as melhorias na composição corporal foram ainda maiores durante dietas hipocalóricas, o que sugere que a proteína do soro de leite pode ser especialmente útil para preservar a massa muscular magra durante os períodos de perda de peso.

 

Fontes: Agência Fiocruz, Conselho de Exportação de Lácteos dos EUA (USDEC), BBC Brasil, Embrapa Gado de Leite (Mercado Consumidor de Leite e Derivados), FAO/ONU, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde

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