Dados relativos ao primeiro semestre deste ano trazem um aumento de 7% no mercado de sêmen bovino leiteiro, o dobro de 2018, o que é um bom sinal

Luiz H. Pitombo

 

Responsáveis por mais de 95% da comercialização do sêmen bovino no País, as empresas do setor de genética animal, reunidas na Asbia (Associação Brasileira de Inseminação Artificial), mostram que 2,3 milhões de doses chegaram às propriedades leiteiras até junho de 2019.

Esta quantidade, que representa crescimento de 7% sobre igual período do ano anterior, traz mais do que um bom percentual, pois somado a outros elementos sinaliza que “podemos entrar em um círculo virtuoso de desenvolvimento”, afirma o médico veterinário Sérgio Saud, presidente da Asbia, que encerra sua gestão ao fim de agosto. (Veja o box).

Ele justifica que o primeiro semestre trouxe menor oscilação de preços do leite, permitindo melhor planejamento por parte do produtor. A economia ainda não se recuperou, como reconhece, mas a preocupação de que a situação vai piorar passou e algumas famílias compram mais lácteos, avalia. Também diz que ocorre maior controle sobre a importação de leite e que os acordos recém-firmados do Mercosul com a União Europeia (UE) ainda não entrarão em vigor de imediato, antes de cumpridas algumas etapas.

Por outro lado, Saud acrescenta que a China deu abertura ao leite em pó e aos queijos do Brasil, e o setor poderá começar a exportar para outros mercados escoando a produção, como a pecuária de corte já o faz. “Tivemos também recentemente as premiações dos queijos artesanais brasileiros na França, e tudo isso ajuda a projetar o País”, ressalta.

O percentual de expansão das vendas está acima do crescimento do rebanho, o que significa que mais vacas estão sendo inseminadas, confirmando a maior difusão da técnica e da própria IATF (inseminação artificial em tempo fixo). Mas ela ainda abarca um percentual pequeno do rebanho e com espaço para expandir.  Saud salienta que o setor produtivo passa por transformações, com os produtores de porte médio enfrentando os maiores desafios. “Se decidirem permanecer vão precisar de tecnologia e da IA”, indica.

 


Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 657 (setembro/2019)

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