Aditivos alimentares, como probióticos, prebióticos e minerais, contribuem para elevar a produtividade, a saúde e o bem-estar do rebanho leiteiro
Tânia Polgrimas

Além do pasto de qualidade ou da ração em si – que obviamente também deve ter um bom padrão –, a nutrição do gado leiteiro pode ser complementada com ingredientes que contribuem para melhorar ainda mais o desempenho dos animais sob vários aspectos: produção de leite, melhora da condição corporal e reprodutiva, regulação da temperatura da vaca leiteira, aumento da imunidade, do ganho de peso, redução de doenças de casco, de diarreia em bezerras e acidose ruminal, entre outros; com a vantagem de serem elementos que não deixam resíduos no leite, nem no meio ambiente. Estamos falando dos aditivos alimentares, dados ao rebanho pré-misturados à ração ou adicionados, separadamente, no cocho, juntamente com a silagem, de acordo com orientação técnica.

O professor Marcos Neves Pereira, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG), explica que várias categorias de aditivos podem ser utilizadas na produção animal, como aditivos tecnológicos (preservativos, antioxidantes, emulsificantes, agentes estabilizantes, reguladores de acidez, aditivos de silagens), sensoriais (sabores, aromas, corantes), nutricionais (vitaminas, minerais, aminoácidos, elementos traços) ou zootécnicos (promotores de digestibilidade, estabilizadores de microrganismos do trato digestivo). Ele ressalta, porém, que é importante que todos esses elementos dados ao rebanho tenham “validação científica”, que demonstre sua eficácia e a garantia de que não provocam mal à saúde humana, do animal e nem ao meio ambiente.

O biomédico e doutor em Biotecnologia e analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Premix, Luís Eduardo Ferreira, ressalta que o próprio Ministério da Agricultura regulamenta a produção desses elementos para o rebanho, por meio da Instrução Normativa 13/2004. Nesta IN, diz Ferreira, está definido que “aditivos são produtos destinados à alimentação animal, podendo ser orgânicos ou inorgânicos, microrganismos ou produtos formulados, adicionados intencionalmente na ração ou no suplemento animal”. Ele ressalta ainda que, embora não sejam utilizados como ingredientes de valor nutricional, “melhoram o desempenho metabólico em animais sadios”.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 653 (maio/2019)

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