Apresentado ao ministro Blairo Maggi, estudo possibilitará melhoramento da raça e aumento da produtividade dos rebanhos bovinos

A diretoria da ABCZ-Associação Brasileira dos Criadores de Zebu solicitou ao ministro Blairo Maggi apoio institucional e financeiro do Mapa-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para um projeto de genômica da raça zebuína. A ideia é fazer um mapeamento genético dos zebus e, a partir desses dados, monitorar com precisão a variação genética dos bovinos.
Esse tipo de análise já é feito em vários países. Estados Unidos e Canadá, por exemplo, fizeram o mapeamento genético das raças Angus e Holandesa. De acordo com a ABCZ, o estudo possibilitará aos produtores maior ganho genético e de produtividade dos rebanhos bovinos do país, além de avanços tecnológicos.

Maggi garantiu o apoio institucional, mas disse que precisa avaliar a forma de apoio financeiro. Ele exigiu, no entanto, que o banco de dados formado a partir desse mapeamento genético seja disponibilizado ao público. “Não podemos financiar um projeto que não seja público.”

A ABCZ informou que o projeto beneficiará todos os produtores de Zebu do país, sejam grandes, médios e pequenos. A associação já tem convênio com a Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, além de ter a sua própria escola de nível superior, onde oferece cursos como agronomia, zootecnologia e veterinária.

O Brasil é referência mundial em zebuinocultura. As primeiras importações da raça tiveram início em 1870. Atualmente, segundo dados da ABCZ, existem mais de 14 milhões de animais registrados. Segundo o superintendente técnico da ABCZ, Luiz Antônio Josahkian, a inclusão da ferramenta genômica no PMGZ (Programa de Melhoramento Genético Zebuíno) deve envolver um subsidio estimado em R$2,5 milhões para a formação de uma plataforma base de mapeamento genômico dos touros mais utilizados no país para que, em um segundo momento, os criadores sejam estimulados e envolvidos no financiamento particular da genotipagem dos seus animais.

O diretor Arnaldo Rosa Prata ainda aproveitou a audiência com Maggi para defender o interesse dos 21 mil associados da ABCZ em criar um padrão para cobrança do ITR (Imposto Territorial Rural). “Desde 2013, uma norma técnica autoriza municípios fazerem a cobrança. Até então, a responsabilidade era da Receita Federal. Com a mudança, enfrentamos uma situação delicada de grandes variações de valores para terras situadas próximas e com a mesma qualidade”, explica. A intenção é que o governo crie um conselho para regulamentação da cobrança desse imposto.

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