Entre as novas tendências da indústria de laticínios, ganham destaque os produtos com valor agregado, um segmento que conquista cada vez mais consumidores

Com cerca de 35 bilhões de litros de leite por ano, o Brasil é o sexto maior produtor do mundo, ficando atrás apenas de Estados Unidos, Índia, China, Rússia e Alemanha. E entre os países consumidores está entre os 15 maiores, o que significa um expressivo potencial para a indústria do setor, fato que vem sendo conferido não só por laticínios multinacionais que se instalam por aqui, como também por produtores estrangeiros que têm investido em projetos arrojados, certos de que o re­torno será muito maior do que se fizessem o mesmo em seus países de origem.

De olho neste cenário de oportunida­des, a Tetra Pak realizou um seminário on-line no último dia 28 de novembro, destacando a importância do leite com valor agregado, uma novidade que abre cada vez mais espaço nas gôndolas e, ao mesmo tempo, oferece tecnologias de processamento de matéria-prima que permitem formulações de produtos até então inéditos no mercado. “Com isso, estamos diante de lácteos que aliam pra­ticidade de consumo à qualidade nutricio­nal”, informa Beatriz de Araújo Loureiro, responsável pela área de marketing de lácteos da empresa.

Segundo ela, tal combinação é, hoje, um dos principais estímulos para o crescimento do setor, impulsionado prin­cipalmente pela demanda por produtos saudáveis. Um dos destaques do evento foi a apresentação de macrotendências globais, boa parte delas, voltada espe­cialmente para a fidelização de clientes. Conveniência, simplificação e soluções customizadas foram as mais abordadas. Segundo ela, o consumidor se mostra sem tempo, mas disposto a comprar produtos específicos que o atendam onde estiver.

“O conceito de consumo on the go é cada vez mais uma necessidade na rotina das pessoas e, por isso, a escolha do de­sign e formato da embalagem se tornou tão relevante. Nesse sentido, as empresas precisam inovar e trazer opções que sim­plifiquem a vida do seu target”, afirma ela. Por este motivo, leites que apresentam diferenciais, como a opção zero lactose ou enriquecidos com proteínas e fibras, possuem grande potencial de expansão”, disse, explicando que Índia, Estados Uni­dos e China têm provado que as pessoas estão dispostas a pagar mais por produtos específicos.

Nesse sentido, durante sua apresenta­ção, mostrou embalagens de produtos de diferentes países, todos eles, marcados por inovações em suas for­mulações ou embalagens. Para ela, a Espanha é um dos melhores exemplos, com uma linha de produtos que oferece uma sofistica­da oferta de lácteos, com variações que envolvem diferentes índices de gor­dura, proteína e lactose, além de incorporar outros componentes. “Leite des­natado, de zero lactose e com mais proteína são opções disponíveis por lá, assim como leite orgânico com sabor”, exemplificou. No Brasil, essa realidade também vem se compro­vando a cada ano, prova de que nossas indústrias estão atentas às tendências do mercado mundial.

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Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 628, de fevereiro 2017

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