Em uma área restrita, produtor obtém índices elevados na criação de animais de alto padrão e na alta produtividade da exploração leiteira

Por Nelson Rentero

Números expressivos marcam os índices do Sítio Recanto do Gigica, localizado em Itapeva- MG. Dois exemplos: a maior média por lactação controlada em rebanhos de 75 a 100 ani­mais, 12.078 kg em 305 dias; a mais alta média individual do Estado com a vaca “Boscatti Imaculada Mistral”, que chegou a produzir 74,5 kg de leite/dia. São indica­dores que refletem ações de um trabalho, de poucos anos, mas de muitos acertos nas diferentes etapas que envolvem a exploração leiteira.

A propriedade pertence ao engenhei­ro mecânico, hoje, aposentado, Djair Bos­catti, mas é o filho Gianfranco, agrônomo formado pela Unesp de Botucatu, quem dá as ordens desde o final da década passada para se buscar não só números expressivos, mas também condições de exploração que garantam manejo ade­quado, dieta acertada e bem-estar para cerca de 100 vacas Holandesas PO em lactação; todas, registradas e com produ­ção controlada. No total, o rebanho soma 310 animais, incluindo bezerras, novilhas e vacas secas.

Em produção de leite, o sítio respon­de hoje por 3.700 litros/dia, com média de 37 litros por vaca, o que significa um aumento de 17% em relação à produção de 2015, que chegou aos 31,9 kg. Percentuais positi­vos se aplicam em vários itens da exploração. A produção de leite é um deles, já que no ano passado houve aumento de 7,2% em relação a 2015, com 20,1% de crescimento na eficiência na produção, com uma alta relação no item leite/empregado, atin­gindo 407 litros, ou seja, bem superior à média recomendável de 300 litros.

Atualmente, o negócio está em fase de estabilização. “Quere­mos chegar aos 4.000 litros, com 120 vacas produzindo e, possi­velmente, com o mesmo quadro de colaboradores. E, a partir daí intensificaremos a venda de fêmeas de alto padrão”, informa Gianfranco. Os planos têm como base um rebanho fechado, já que há algum tempo não adquire animais. As vendas têm sido constantes, na maioria das ve­zes, novilhas prenhas. No ano passado vendeu 60 cabeças, número que deverá ser repetido este ano. Em média, o preço individual é de R$ 10 mil.

Tem comercializado também touri­nhos, principalmente para o Nordeste, mas frisa que não é o foco. Em sua es­tratégia de comercialização, Gianfranco tem valorizado a chamada pós-venda, informando ao produtor como tratar e acompanhando os resultados, de modo que atenda à expectativa de ambas as partes. “O comprador precisa ganhar com o investimento, afinal estamos ofe­recendo um produto de seleção, quase uma tecnologia, que gera retorno desde que bem tratado”, cita ele, observando que este modelo de negócio tem trazido retorno.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 631, de maio 2017

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