Pela segunda vez, produtor gaúcho ganha o concurso de melhor silagem do País entre quase 100 participantes, revelando alta qualidade do que produz e sabedoria absoluta no que faz

Por Glauco Menegheti

Dizem que o raio não cai no mesmo lugar duas vezes. Mas no caso de Diego Lovison, produtor de Nova Bassano, na Serra Gaúcha, o dito popular não se confirmou. Pelo segundo ano consecutivo, a sua silagem foi considerada a melhor na Taça Brasil de Silagem de Milho. Ele foi o vencedor entre 100 participantes de todo o Brasil. Em princípio, 20 amostras concorreriam ao prêmio, porém, devido à qualidade dos materiais enviados, 33 foram seleciona¬das. As 20 principais foram expostas no Interleite Brasil, simpósio que ocorreu em agosto, em Uberlândia-MG.

Elaborado pelo portal Milkpoint, em parceria com o laboratório de análise de forragens 3rlab, a competição permite conhecer os materiais de melhor desempenho qualitativo, além de incentivar melhorias nos processos de produção de silagem. A metodologia foi baseada em concurso anual que ocorre em Madison, durante a World Dairy Expo, nos Estados Unidos.

De acordo com o sócio do 3rLAB, Marcelo Hentz Ramos, a melhor silagem brasileira foi considerada pelo professor da Universidade de Wisconsin, Daniel Undersander, com mais virtudes em relação à campeã norte-americana do ano passado. Os materiais foram julgados levando em consideração três quesitos: 1/3 milk 2006, 1/3 de TTNDFD e 1/3 de avaliação visual, tendo em vista o processamento do grão, tamanho de partícula, odor e cor.

Para Lovison, surpreendeu a qualidade da silagem brasileira. “Comparado ao dos EUA, o percentual de amido ficou mais alto. Nós só não batemos os americanos na proteína. Enquanto a silagem deles atinge 8%, 9%, a nossa silagem tem 7%. Segundo o professor Undersander, os principais problemas no Brasil são a compactação e o corte no ponto certo. Máquinas, nós temos, falta regulá-las melhor”, relata.

Segundo Ramos, além do Rio Grande do Sul, são considerados centros de excelência na produção de silagem Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. “Temos visto uma melhora no entendimento e preocupação para produzir forragem de qualidade nesses estados. Nas palestras que fizemos com o professor Undersander, que viaja o mundo todo, percebemos que as perguntas que nos fizeram foram mais profundas, técnicas”, testemunha ele.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 624, de outubro 2016

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