No primeiro dia de novembro tem início a segunda fase da campanha de vacinação contra a febre aftosa

 No primeiro semestre foram vacinados 98,28% do total de animais previstos. Agora, a intenção é manter ou até ampliar o índice até o final de novembro, segundo o Mapa-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Conforme o calendário oficial, os estados que deverão vacinar todo o rebanho, independentemente da idade, são o Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Paraná, Roraima e São Paulo. Os demais estados deverão aplicar a segunda dose apenas em bovinos e bubalinos de até dois anos.

Na primeira etapa de vacinação deste ano a cobertura vacinal atingiu 192,1 milhões de cabeças, de um total de 195,4 milhões. Praticamente todos os estados do país são livres da febre aftosa com vacinação (Amazonas, Amapá, que ainda faltam, em breve devem receber reconhecimento pelo Mapa).

A meta básica do Plano Estratégico de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa, com duração prevista para dez anos, é fortalecer e consolidar o Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) para a retirada total da vacinação contra a febre aftosa até 2023.

A dose da vacina é de 5 ml e a temperatura de conservação do produto pode variar entre 2°C a 8°C. A dose é aplicada na tábua do pescoço dos bovinos e bubalinos e a Declaração de Vacinação deve ser formalizada no serviço veterinário oficial de cada estado.

Manejo adequado na imunização – Para a zootecnista Carla Ferrarini, coordenadora de marketing da Beckhauser, fabricante de balanças e equipamentos de contenção, a imunização bem sucedida exige planejamento prévio para que se aproveite melhor o tempo dedicado ao manejo. “Deve-se fazer de maneira racional e com planejamento para evitar perda de doses, menor número de agulhas tortas, redução de abscessos, menor índice de acidente de trabalho e com os animais, além da eficácia da imunização”, cita.

Prezando pelo bem-estar animal, segurança e aplicando os conceitos de manejo racional, a orientação da zootecnista é que a vacinação seja feita de forma individual, sempre no equipamento de contenção.  “Quando vacinamos cada animal no equipamento de contenção, a operação fica mais rápida, fácil e com menor estresse para o homem e para o animal. Na contenção adequada, reduzimos as probabilidades dos animais subirem uns nos outros, deitarem, pularem e ainda temos a certeza que imunizamos de maneira correta, sem subdoses ou superdoses”, ressalta.

O manejo de vacinação no equipamento de contenção leva o mesmo tempo que no brete coletivo, além de ser mais eficiente e barato. A conclusão é do ETCO (Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal), da Unesp/Jaboticabal. Segundo o estudo, o tempo médio gasto para vacinação no tronco é menor que o gasto no brete (9,3 segundos contra 10,2 segundos por animal). No brete, as interrupções para socorrer acidentes, como levantar animais que caíram, acabam prolongando o tempo de trabalho.

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