Um bom manejo do neonato é fundamental para o sucesso do sistema de produção de leite. Para isso, o roteiro é composto de vários detalhes. Confira!


Por Rafael Santana Ferraz, médico veterinário e consultor da equipe Leite do Rehagro

A criação de bezerras é uma etapa crítica do sistema de produção de gado leiteiro, pois possui custos elevados, além de computar taxas de mortalidade, morbidade por doenças, gastos de mão de obra e a nutrição própria da categoria. Então, para minimizar tais despesas, é necessário adotar um programa eficiente de criação na fazenda.

Para isso, inicialmente é necessário um planejamento reprodutivo, como decisão do peso para entrada à reprodução das novilhas, escolha do touro adequado e atenção em todo o período de gestação, em especial, nos dias próximos ao parto. Para as raças puras recomenda-se o peso à inseminação entre 360 e 400 kg; para mestiças, peso de 315 a 348 kg. Já a dificuldade de parto para novilhas deve estar abaixo de 8%, enquanto para vacas, 11%, com o objetivo de reduzir distocias.

As instalações também são de grande importância para o sucesso na criação de bezerras, pois fornecem à vaca e à bezerra condições adequadas para passar pelo momento crítico do parto. Os piquetes-maternidade devem ter boas condições de higiene, áreas bem ventiladas, porém sem grandes correntes de vento.

Devem também ser secas, com boa cobertura vegetal, boa drenagem do local, com fácil visualização do ambiente pela mão de obra para monitoramento dos partos, área de pelo menos 56 m²/ animal e 5m² de sombra/animal, devendo esta ser móvel para evitar o acúmulo de fezes e urina, e com 70 a 80 cm linear de espaçamento de cocho por animal.

O parto deve ser monitorado para se avaliar a progressão de saída da bezerra, que é mais importante do que o tempo do parto em si. É sabido que bezerras provenientes de partos laboriosos têm aumento na porcentagem de mortalidade pós-natal, porém, enquanto o neonato estiver ligado à mãe pelo cordão umbilical suas necessidades estarão supridas.

Por tudo isso, é reiterada a necessidade de acompanhamento para identificar a real necessidade de auxilio ao parto. Enquanto isso, deixar a matriz passar pelo momento do parto de forma mais tranquila possível é o mais indicado.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 633, de julho 2017

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