A aveia branca se apresenta como opção para alimentar vacas de leite como pré-secado, pastejo e silagem de grão úmido. Sua utilização tem sido aprovada em vários estados

A produção de silagem de grãos úmidos é uma importante alternativa de uso para a aveia branca, de que os produtores de leite podem dispor, de agora em diante, para alimentar seus animais. O anúncio foi feito pelo pesquisador Igor Quirrenbach, da Fundação ABC, aos participantes do ciclo de palestras realizado pela Frísia Cooperativa Agroindustrial, durante a Expofrísia 2017, em Carambeí-PR.

Terceira cultura de importância econômica em área no período de inverno depois do trigo e do azevém, a aveia ocupa cerca de 164 mil ha na região, sendo 14 mil com aveia branca para produção de grãos e 150 mil com aveia preta, destinados à cobertura de solo. Tradicional nos Campos Gerais, a aveia branca é cultivada por agricultores especialmente para a venda de grãos destinados à alimentação de cavalos (em haras do Rio e São Paulo) e também para venda à indústria de aveia.

De acordo com o pesquisador, a região detém uma das maiores produtividades de aveia branca do Brasil. E isso, segundo ele, se deve a três fatores: clima, com a cultura perfeita¬mente adaptada à região; manejo, com a existência de muita pesquisa sobre pragas, doenças, cultivares e adubação; e assistência técnica, com agrônomos e técnicos dominando amplamente a cultura. A aveia branca tem produzido até 8 mil kg por ha em ensaios. Seu potencial produtivo é tão grande que, para a região, é considerada praticamente um “milho de inverno”.

Baseado em dados históricos dos Campos Gerais, Igor diz que a aveia branca quebra paradigmas, produzindo mais que o trigo, desde que seja tratada como cultura. Na maior parte do Brasil, segundo ele, a aveia tem sido plantada sem investimento, com pouco adubo, sem tratamento de semente, com pouca ureia, sem fungicida e controle de pragas. Já nos Campos Gerais tudo é diferente. “O manejo é muito bom. Se for bem cuidada, produz mais que o trigo; se for mal cuidada, vai produzir pouco e não valerá a pena”, diz ele.

Originalmente, a tecnologia da silagem do grão úmido de aveia branca foi lançada pelo Iapar-Instituto Agronômico do Paraná, através do pesquisador Elir de Oliveira, há cerca de seis anos. Desde então, a tecnologia vem sendo objeto de estudos, ensaios e pesquisas pelo setor de Forragicultura da Fundação ABC, objetivando dispor aos produtores de leite uma nova e boa alternativa para a dieta animal.

Leia a íntegra desta matéria na edição Balde Branco 633, de julho 2017

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